Paul Mawhinney e sua imensa coleção de vinis. |
Só para vocês entenderem do que estou falando, Paul Mawhinney possui nada mais nada menos que 3 milhões de discos e mais de 300.000 compactos. Tudo armazenado ao longo de 50 anos na cidade norte-americana de Pittsburgh.
A história toda está contada no documentário em curta-metragem The Archive do diretor Sean Dunne, que esteve dentro da selecão oficial do Sundance Film Festival em 2009. O tom emocional fica pesado no final, com direito à cenas de Mawhinney chorando por trás dos óculos escuros e tocando sua "última música". Mesmo assim, é o maníaco musicólatra que dá os melhores momentos, como quando afirma, categórico, que "a música é mil vezes melhor em vinil" e isso eu concordo em gênero número e grau.
A colecão de discos ocupa um imenso galpão com temperatura controlada que Mawhinney alugou quando sua esposa deu o esperado ultimato "os discos ou eu". Junte aí isso a grandiosidade da coleção, com absolutamente tudo que e o meio século dedicação do colecionador e de repente é espantoso o fato de que uma negociação ainda não tenha rolado, pelo menos até o documentário.
No documentário, Paul fala sobre sua ligação com a música, sobre a história da sua coleção que vai desde o primeiro disco de vinil já produzido, em 1881, até itens curiosos e raros do seu acervo, como um disco dos Rolling Stones nunca lançado comercialmente.
Em um dos momentos mais emocionantes do documentário, o colecionador, que é praticamente cego devido a complicações da diabetes, tenta expressar a importância e a riqueza do seu acervo. A coleção de discos de Paul Mawhinney está avaliada em 50 milhões de dólares, no entanto ele está pedindo apenas 3 milhões.
Em tempos de milionários excêntricos desperdiçando milhões com quinquilharias de famosos, ninguém ainda parou para analisar - pelo menos não o suficiente para fazer uma oferta séria - o quanto a coleção de Mawhinney é significativa, bem cuidada e importante. Não adianta argumentar que deve ter um monte de lixo no meio, isso eu também tenho (Village People, Raça Negra, etc) não é isso que importa, mas sim a memória musical física coletada nesse tempo. Decepcionado com a falta de sucesso, o colecionador anunciou que pode vender discos específicos em separado, ou em lotes. O valor, 3 milhões de dólares, não é nenhum absurdo considerado o imenso valor cultural do acervo.
Fotos do Acervo
Coleção de vinis. |
Coleção de compactos. |
Coleção de CDs. |