Como recebi inúmeros emails com dúvidas as respeito de como fazer conexão de um toca-discos a um sistema de áudio, resolvi reunir alguns pontos já explanados em outros posts do blog e complementar com novas informações, focando em pré-amplificadores, amplificadores de potência dedicados, integrados e receivers.
Como eu disse anteriormente, entrar no mundo do áudio analógico não é uma tarefa muito fácil nem barata. Além disso, exige bastante conhecimento principalmente sobre os componentes do sistema, regulagem e nivelamento de toca-discos, possíveis problemas, entre outros assuntos já abordados na seção Toca-discos.
Lembro novamente que os aparelhos e a forma de ligá-los são apenas sugestões, assim a escolha por esses segue por sua responsabilidade. O blog não se responsabiliza por qualquer dano material ou físico ocasionado pela mau uso dos aparelhos e/ou aplicação incorreta das instruções.
Não vamos sugerir marcas de nenhum dos tipos de aparelho citados pois a compra vai depender do nível de qualidade que você deseja atingir e do quanto quer investir nessa tentativa. Também não vamos incluir aqui os som 3 em 1 e os aparelhos "vinyl killers", pois não fazem parte do propósito desde artigo.
É importante salientar que não sou audiófilo, nem engenheiro de som, por isso o que você vai encontrar aqui é um resumo do que eu encontrei na web e conversei com colecionadores e vendedores de vinil, além é claro, da minha própria experiência.
Esta página está em constante atualização, por isso se você tiver dúvidas ou sugestões mande um email ou deixe um comentário.
Sistema de áudio
A grande maioria dos toca-discos não pode reproduzir som sozinho, precisa ligá-lo a um sistema de som, amplificador de potência, receiver e um conjunto de caixas-acústicas. Há muitas configurações possíveis para ligar um toca-discos em um sistema de áudio, incluindo vários tipos de aparelhos que apresentam funções especificas. Vamos propor alguns layouts básicos para que você seja capaz de descobrir a configuração que atenda sua necessidade.
Primeiramente existem três tipos de saídas do toca-discos que vão determinar toda a configuração do layout do sistema de áudio, são elas: phono, line e usb (para os toca-discos novos).
1) Phono
A saída phono é o sinal usado para gravar o som de vozes e instrumentos musicais e posteriormente reproduzir no toca-discos.
O som é composto de frequências baixas, médias e altas. Se gravássemos no disco de vinil o som sem alterar as frequências baixas, seriam produzidos sulcos tão largos que ocupariam um bom espaço no disco, impossibilitando a introdução de mais faixas. Isso sem contar a dificuldade que a agulha do toca-discos teria em reproduzi-lo.
No processo de gravação do disco as frequências baixas são atenuadas e as altas são aumentadas, pois isso melhora a relação sinal ruído e os sulcos ficam mais estreitos, consequentemente mais faixas de músicas podem ser inseridas.
Na reprodução do vinil ocorre o processo inverso: as alterações de frequências feitas na gravação devem ser restauradas de forma que o ouvinte possa apreciar o som na sua forma original.
Como a cápsula do toca discos produz um sinal de baixa amplitude (na ordem de alguns milivolts), o pré-amplificador também deve amplificar este sinal para um nível compatível aos amplificadores de potência (na ordem de alguns Volts), por isso na etapa da reprodução é necessário projetar um pré-amplificador que eleve as frequências baixas e atenue altas, como veremos adiante.
2) Line
A saída de linha é o sinal de áudio usado para transmitir som entre os componentes de áudio mais modernos como CD e DVD players, televisores, amplificadores de áudio e mesas de som.
O som de vozes e instrumentos musicais são muitas vezes gravados com transdutores (microfones e captadores) que produzem sinais elétricos fracos. Estes sinais devem ser amplificados para o nível de linha para serem manipulados de maneira mais fácil por outros dispositivos, tais como mesas de mistura e gravadores. Tal amplificação é realizada por um dispositivo conhecido como um pré-amplificador que realça o sinal de nível de linha.
Após a manipulação ao nível da linha, os sinais são normalmente enviados a um amplificador de potência, onde são amplificados para níveis que podem levar fones de ouvido ou caixas-acústicas.
3) USB
Alguns toca-discos mais modernos tem uma porta USB que você pode conectar ao computador usando o cabo USB. Esta é uma maneira conveniente de transferir a sua música para o seu computador usando qualquer software de gravação.
Equipamentos de um sistema de áudio analógico
Layouts de sistema de áudio análogico
Como eu disse anteriormente, existem muitas configurações possíveis para ligar um toca-discos em um sistema de áudio, incluindo vários tipos de aparelhos que apresentam funções especificas. Nesse artigo, vamos nos ater em alguns layouts básicos para que você seja capaz de descobrir qual atende melhor sua necessidade.
Lembro que não estou falando de equipamentos Hi-End, com pré-amplificadores e receivers valvulados e sim de equipamentos de nível médio.
Iremos avaliar a qualidade do som nos layouts com o critério de um a cinco "*" sendo que o de pior qualidade ter apenas "*" e o de melhor qualidade terá "*****". Esse critério é apenas para você se situe dentro das possibilidades de um sistema de áudio analógico e busque melhorar a qualidade dos equipamentos.
1) Toca-disco > Saída Line > Caixas de som
A maneira mais simples de usar o seu toca-discos é ligar um par de caixas de som com entrada line. Note-se que os caixas de som na imagem tem um cabo de alimentação, sem isso a reprodução seria inviável.
É possível conectar um toca-discos num amplificador de guitarra, porém não é muito recomendado. Se for ligar apenas dessa maneira certifique-se que você tem os adaptadores de cabo certos.
Qualidade de som: **
2) Toca-disco > Saída Line > Receiver estéreo ou multicanal (entrada line) > Caixas acústicas
Essa configuração pode ser usada para ligar o toca-discos a um receiver estéreo ou na auxiliar de um receiver multicanal (home-theather)
Lembrando que os toca-discos devem ser conectados preferencialmente a receivers estéreo.
Assim, nos home-theaters 5.1, 6.1, 7.1 e 8.1 não ocorrerá a separação de mais canais, afinal os vinis foram gravados apenas em dois canais, bem como os toca-discos e o pré-amplificador só foram fabricados com esse propósito.
Qualidade de som: ***
3) Toca-disco > Saída Line > Transmissor sem fio > Receiver (bluetooth) > Caixas acústicas
Você pode reproduzir seus vinis num aparelho sem fio também, conectando o toca-discos na saída em um transmissor sem fio, como mostrado no diagrama. Entretanto não recomendamos muito essa configuração pois nessa conversão de alguma forma você estará "digitalizando o som" e perdendo qualidade.
O Bluetooth é um protocolo de transmissão de dados sem fio por sinal de rádio.
A maioria dos protocolos Bluetooth fazem compressão de dados com perda e não oferecem boa qualidade de áudio.
O vinil oferece uma qualidade de áudio bem superior e utilizar um toca-discos e transmitir com sinal sinal digital, comprimido e de qualidade bem inferior, não faz muito sentido.
Qualidade de som: *
4) Toca-discos > Saída phono > Pré-amplificador dedicado > Saída line > Amplificador de potência dedicado (entrada line) > Caixas acústicas
Nesse sistema temos dois aparelhos dedicados para fazer a equalização e amplificação do sinal analógico.
Normalmente, um sistema com elementos dedicados tende a ser superior a outro com elementos integrados, dentro das devidas proporções.
Qualidade de som: *****
5) Toca-discos > Saída phono > Pré-amplificador dedicado > Saída line > Receiver Estéreo ou Multicanal > Caixas acústicas
Muitos equipamentos de som mais modernos não possuem a conexão específica para toca-discos de vinil com cápsula magnética (entrada phono). Se você quer ligar um toca-discos ao seu aparelho mais moderno notará que este não possui a entrada phono.
Dessa forma, você terá que conectar o toca-discos a um "pré-amplificador de phono" antes de ligá-lo à entrada auxiliar do seu receiver estéreo ou multicanal.
Alguns toca-discos mais modernos vem com pré-amplificador embutido, mas ele serve apenas para a saída de linha (line) como vimos no Layout 2. A pré-amplificação não se aplica a saída phono.
Assim, se você quiser ligar o seu toca-discos na saída phono em um entrada line de um receiver, você vai precisar de um pré-amplificador dedicado externo.
Qualidade de som: ****
6) Toca-discos > Saída phono > Integrado (entrada phono) > Caixas acústicas
Os toca-discos também podem ser ligados em um integrado que já possui a entrada de phono.
Na verdade, a pré-amplificação ocorre dentro do próprio aparelho.
Qualidade de som: ****
7) Toca-discos > Saída line > RCA com adaptador feminino > Fone-ouvido
É possível conectar fones de ouvido no toca-discos usando o cabo RCA com adaptador feminino. No entanto, não é uma solução muito usual, a menos que os fones de ouvido tenham um controle de volume. Se você quer ouvir os vinis com fone recomendamos a utilização no Layout 2 só que em vez das caixas você vai usar um fone de ouvido. Alguns aparelhos já possuem a saída de fone, não havendo necessidade dessa adaptação.
Qualidade de som: *
Toca-disco > Saída Line > Amplificador de potência, Integrado ou Receiver (entrada line) > Fones de ouvido de qualidade
Qualidade de som: ***
8) Toca-discos > Saída USB> Computador
Como disse anteriormente esse Layout serve para transformar seus álbuns em formato digital com a ajuda de qualquer software de gravação. Para monitorar a saída USB durante a gravação você pode usar as caixas de som do computador, fones de ouvido ou você pode conectar um conjunto de caixas de som diretamente ao seu toca-discos.
Mas como dissemos anteriormente, a saída USB deve ser usada única e exclusivamente para esse fim e não para ouvir os vinis em caixas de computador.
Qualidade de som: *
9) Receptor com entrada USB
Em muitos receptores há uma porta USB que é geralmente destinada para dispositivos de armazenamento. Os toca-discos, mesmo os mais modernos, não são um dispositivo de armazenamento. Esta configuração não funcionará a menos que seu receptor suporta streaming de áudio USB. Dessa forma, o toca-discos conectado a um receptor não vai funcionar
Conclusão
Embora esses layouts não tenham a qualidade de som dos sistemas de áudio de alta fidelidade, você consegue sim ter uma qualidade de som muito boa para o ouvinte médio, principalmente os Layouts 4, 5 e 6 que são os mais usados.
É importante ter em mente que a qualidade do som que sai das caixas-acústicas é o resultado de um processo muito complicado que envolve todos os componentes de áudio que chamamos de "Cadeia de Qualidade de Som". Se você emparelhar o seu toca-discos com um bom pré-amplificador, receiver ou integrado e na sequência com um conjunto de caixas-acústicas de qualidade, você irá com certeza obter um excelente e satisfatório resultado. No entanto, se você conectar o toca-discos a caixas de som portáteis não espere ter uma experiência de audição incrível.
Se você estiver usando um cartucho magnético vai descobrir que o som é muito melhor do que o produzido por toca-discos baratos com cartuchos de cerâmica, como nos "vinyl killers". Claro que isso também depende da qualidade do resto do seu equipamento de áudio.
Além disso, é importante sempre manter os vinis limpos e em boas condições, pois isso afeta e muito na qualidade do som. (Veja como limpar corretamente um vinil)
Referências
www.musehelix.com
www.erpires.com.br
www.audiorama.com.br
www.newtoncbraga.com.br
Aproveito para agradecer a colaboração do meu amigo Rafael Bardal para a elaboração desse post.
Como eu disse anteriormente, entrar no mundo do áudio analógico não é uma tarefa muito fácil nem barata. Além disso, exige bastante conhecimento principalmente sobre os componentes do sistema, regulagem e nivelamento de toca-discos, possíveis problemas, entre outros assuntos já abordados na seção Toca-discos.
Lembro novamente que os aparelhos e a forma de ligá-los são apenas sugestões, assim a escolha por esses segue por sua responsabilidade. O blog não se responsabiliza por qualquer dano material ou físico ocasionado pela mau uso dos aparelhos e/ou aplicação incorreta das instruções.
Não vamos sugerir marcas de nenhum dos tipos de aparelho citados pois a compra vai depender do nível de qualidade que você deseja atingir e do quanto quer investir nessa tentativa. Também não vamos incluir aqui os som 3 em 1 e os aparelhos "vinyl killers", pois não fazem parte do propósito desde artigo.
É importante salientar que não sou audiófilo, nem engenheiro de som, por isso o que você vai encontrar aqui é um resumo do que eu encontrei na web e conversei com colecionadores e vendedores de vinil, além é claro, da minha própria experiência.
Esta página está em constante atualização, por isso se você tiver dúvidas ou sugestões mande um email ou deixe um comentário.
Sistema de áudio
A grande maioria dos toca-discos não pode reproduzir som sozinho, precisa ligá-lo a um sistema de som, amplificador de potência, receiver e um conjunto de caixas-acústicas. Há muitas configurações possíveis para ligar um toca-discos em um sistema de áudio, incluindo vários tipos de aparelhos que apresentam funções especificas. Vamos propor alguns layouts básicos para que você seja capaz de descobrir a configuração que atenda sua necessidade.
Primeiramente existem três tipos de saídas do toca-discos que vão determinar toda a configuração do layout do sistema de áudio, são elas: phono, line e usb (para os toca-discos novos).
1) Phono
A saída phono é o sinal usado para gravar o som de vozes e instrumentos musicais e posteriormente reproduzir no toca-discos.
O som é composto de frequências baixas, médias e altas. Se gravássemos no disco de vinil o som sem alterar as frequências baixas, seriam produzidos sulcos tão largos que ocupariam um bom espaço no disco, impossibilitando a introdução de mais faixas. Isso sem contar a dificuldade que a agulha do toca-discos teria em reproduzi-lo.
No processo de gravação do disco as frequências baixas são atenuadas e as altas são aumentadas, pois isso melhora a relação sinal ruído e os sulcos ficam mais estreitos, consequentemente mais faixas de músicas podem ser inseridas.
Na reprodução do vinil ocorre o processo inverso: as alterações de frequências feitas na gravação devem ser restauradas de forma que o ouvinte possa apreciar o som na sua forma original.
Como a cápsula do toca discos produz um sinal de baixa amplitude (na ordem de alguns milivolts), o pré-amplificador também deve amplificar este sinal para um nível compatível aos amplificadores de potência (na ordem de alguns Volts), por isso na etapa da reprodução é necessário projetar um pré-amplificador que eleve as frequências baixas e atenue altas, como veremos adiante.
A saída de linha é o sinal de áudio usado para transmitir som entre os componentes de áudio mais modernos como CD e DVD players, televisores, amplificadores de áudio e mesas de som.
Após a manipulação ao nível da linha, os sinais são normalmente enviados a um amplificador de potência, onde são amplificados para níveis que podem levar fones de ouvido ou caixas-acústicas.
3) USB
Alguns toca-discos mais modernos tem uma porta USB que você pode conectar ao computador usando o cabo USB. Esta é uma maneira conveniente de transferir a sua música para o seu computador usando qualquer software de gravação.
Mas lembre-se que a saída USB deve ser usada única e exclusivamente para conversão de vinis em formatos digitais e não para reprodução dos mesmos em caixas de computador. O conversor interno do computador vai transformar o som analógico em som digitalizado e se essa ligação for mantida para reprodução de vinis, toda a qualidade e pureza do som analógico será perdida na conversão.
Equipamentos de um sistema de áudio analógico
Já fizemos uma definição dos equipamentos que compõe um sistema de áudio analógico na primeira postagem da seção. Porém, na sequência optei por reorganizar algumas definições importantes.
1) Pré amplificador dedicado
Aparelho que faz a conversão do sinal a analógico para o sinal de linha e é usado para ligar o toca-discos com saída phono em amplificador de potência com entrada line.
O termo "dedicado" é usado para designar um aparelho que realiza um função específica e isolada bem como usa uma fonte de energia separada.
2) Amplificador de potência dedicado
O amplificador de potência ou power amplifier é o aparelho que recebe o sinal de linha e transmite para as caixas acústicas.
No caso dos toca-discos, para usar um amplificador de potência dedicado o sistema deve possuir necessariamente um pré-amplificador dedicado.
Muitos chamam de "amplificador" o aparelho que na verdade possui também a pré-amplificação, esse tipo de aparelho chamamos de integrado.
3) Integrado
Chama-se integrado o aparelho possui o pré-amplificador e o amplificador integrados no mesmo aparelho.
4) Receiver
Receiver é o aparelho que, além da pré amplificação e da amplificação, possui um tuner (rádio). Por sua vez os receivers são divididos em dois tipos: os receivers estéreo e os multicanais (home-theaters).
1) Pré amplificador dedicado
Aparelho que faz a conversão do sinal a analógico para o sinal de linha e é usado para ligar o toca-discos com saída phono em amplificador de potência com entrada line.
O termo "dedicado" é usado para designar um aparelho que realiza um função específica e isolada bem como usa uma fonte de energia separada.
2) Amplificador de potência dedicado
O amplificador de potência ou power amplifier é o aparelho que recebe o sinal de linha e transmite para as caixas acústicas.
No caso dos toca-discos, para usar um amplificador de potência dedicado o sistema deve possuir necessariamente um pré-amplificador dedicado.
Muitos chamam de "amplificador" o aparelho que na verdade possui também a pré-amplificação, esse tipo de aparelho chamamos de integrado.
3) Integrado
Chama-se integrado o aparelho possui o pré-amplificador e o amplificador integrados no mesmo aparelho.
4) Receiver
Receiver é o aparelho que, além da pré amplificação e da amplificação, possui um tuner (rádio). Por sua vez os receivers são divididos em dois tipos: os receivers estéreo e os multicanais (home-theaters).
Layouts de sistema de áudio análogico
Como eu disse anteriormente, existem muitas configurações possíveis para ligar um toca-discos em um sistema de áudio, incluindo vários tipos de aparelhos que apresentam funções especificas. Nesse artigo, vamos nos ater em alguns layouts básicos para que você seja capaz de descobrir qual atende melhor sua necessidade.
Lembro que não estou falando de equipamentos Hi-End, com pré-amplificadores e receivers valvulados e sim de equipamentos de nível médio.
Iremos avaliar a qualidade do som nos layouts com o critério de um a cinco "*" sendo que o de pior qualidade ter apenas "*" e o de melhor qualidade terá "*****". Esse critério é apenas para você se situe dentro das possibilidades de um sistema de áudio analógico e busque melhorar a qualidade dos equipamentos.
1) Toca-disco > Saída Line > Caixas de som
A maneira mais simples de usar o seu toca-discos é ligar um par de caixas de som com entrada line. Note-se que os caixas de som na imagem tem um cabo de alimentação, sem isso a reprodução seria inviável.
É possível conectar um toca-discos num amplificador de guitarra, porém não é muito recomendado. Se for ligar apenas dessa maneira certifique-se que você tem os adaptadores de cabo certos.
Qualidade de som: **
Essa configuração pode ser usada para ligar o toca-discos a um receiver estéreo ou na auxiliar de um receiver multicanal (home-theather)
Lembrando que os toca-discos devem ser conectados preferencialmente a receivers estéreo.
Assim, nos home-theaters 5.1, 6.1, 7.1 e 8.1 não ocorrerá a separação de mais canais, afinal os vinis foram gravados apenas em dois canais, bem como os toca-discos e o pré-amplificador só foram fabricados com esse propósito.
Qualidade de som: ***
3) Toca-disco > Saída Line > Transmissor sem fio > Receiver (bluetooth) > Caixas acústicas
Você pode reproduzir seus vinis num aparelho sem fio também, conectando o toca-discos na saída em um transmissor sem fio, como mostrado no diagrama. Entretanto não recomendamos muito essa configuração pois nessa conversão de alguma forma você estará "digitalizando o som" e perdendo qualidade.
O Bluetooth é um protocolo de transmissão de dados sem fio por sinal de rádio.
A maioria dos protocolos Bluetooth fazem compressão de dados com perda e não oferecem boa qualidade de áudio.
O vinil oferece uma qualidade de áudio bem superior e utilizar um toca-discos e transmitir com sinal sinal digital, comprimido e de qualidade bem inferior, não faz muito sentido.
Qualidade de som: *
4) Toca-discos > Saída phono > Pré-amplificador dedicado > Saída line > Amplificador de potência dedicado (entrada line) > Caixas acústicas
Nesse sistema temos dois aparelhos dedicados para fazer a equalização e amplificação do sinal analógico.
Normalmente, um sistema com elementos dedicados tende a ser superior a outro com elementos integrados, dentro das devidas proporções.
Qualidade de som: *****
5) Toca-discos > Saída phono > Pré-amplificador dedicado > Saída line > Receiver Estéreo ou Multicanal > Caixas acústicas
Muitos equipamentos de som mais modernos não possuem a conexão específica para toca-discos de vinil com cápsula magnética (entrada phono). Se você quer ligar um toca-discos ao seu aparelho mais moderno notará que este não possui a entrada phono.
Dessa forma, você terá que conectar o toca-discos a um "pré-amplificador de phono" antes de ligá-lo à entrada auxiliar do seu receiver estéreo ou multicanal.
Alguns toca-discos mais modernos vem com pré-amplificador embutido, mas ele serve apenas para a saída de linha (line) como vimos no Layout 2. A pré-amplificação não se aplica a saída phono.
Assim, se você quiser ligar o seu toca-discos na saída phono em um entrada line de um receiver, você vai precisar de um pré-amplificador dedicado externo.
Qualidade de som: ****
6) Toca-discos > Saída phono > Integrado (entrada phono) > Caixas acústicas
Os toca-discos também podem ser ligados em um integrado que já possui a entrada de phono.
Na verdade, a pré-amplificação ocorre dentro do próprio aparelho.
Qualidade de som: ****
É possível conectar fones de ouvido no toca-discos usando o cabo RCA com adaptador feminino. No entanto, não é uma solução muito usual, a menos que os fones de ouvido tenham um controle de volume. Se você quer ouvir os vinis com fone recomendamos a utilização no Layout 2 só que em vez das caixas você vai usar um fone de ouvido. Alguns aparelhos já possuem a saída de fone, não havendo necessidade dessa adaptação.
Qualidade de som: *
Qualidade de som: ***
8) Toca-discos > Saída USB> Computador
Como disse anteriormente esse Layout serve para transformar seus álbuns em formato digital com a ajuda de qualquer software de gravação. Para monitorar a saída USB durante a gravação você pode usar as caixas de som do computador, fones de ouvido ou você pode conectar um conjunto de caixas de som diretamente ao seu toca-discos.
Mas como dissemos anteriormente, a saída USB deve ser usada única e exclusivamente para esse fim e não para ouvir os vinis em caixas de computador.
Qualidade de som: *
Em muitos receptores há uma porta USB que é geralmente destinada para dispositivos de armazenamento. Os toca-discos, mesmo os mais modernos, não são um dispositivo de armazenamento. Esta configuração não funcionará a menos que seu receptor suporta streaming de áudio USB. Dessa forma, o toca-discos conectado a um receptor não vai funcionar
Ilustrações: musehelix.com |
Conclusão
Embora esses layouts não tenham a qualidade de som dos sistemas de áudio de alta fidelidade, você consegue sim ter uma qualidade de som muito boa para o ouvinte médio, principalmente os Layouts 4, 5 e 6 que são os mais usados.
É importante ter em mente que a qualidade do som que sai das caixas-acústicas é o resultado de um processo muito complicado que envolve todos os componentes de áudio que chamamos de "Cadeia de Qualidade de Som". Se você emparelhar o seu toca-discos com um bom pré-amplificador, receiver ou integrado e na sequência com um conjunto de caixas-acústicas de qualidade, você irá com certeza obter um excelente e satisfatório resultado. No entanto, se você conectar o toca-discos a caixas de som portáteis não espere ter uma experiência de audição incrível.
Se você estiver usando um cartucho magnético vai descobrir que o som é muito melhor do que o produzido por toca-discos baratos com cartuchos de cerâmica, como nos "vinyl killers". Claro que isso também depende da qualidade do resto do seu equipamento de áudio.
Além disso, é importante sempre manter os vinis limpos e em boas condições, pois isso afeta e muito na qualidade do som. (Veja como limpar corretamente um vinil)
Referências
www.musehelix.com
www.erpires.com.br
www.audiorama.com.br
www.newtoncbraga.com.br
Aproveito para agradecer a colaboração do meu amigo Rafael Bardal para a elaboração desse post.