Nem só de boas notícias vive o mercado do vinil, nessa sexta-feira dia 7 de fevereiro, um incêndio destruiu completamente a fábrica da Apollo Masters, sem registrar mortes.
Localizada na Califórnia, a Apollo é uma das duas únicas fornecedoras do material matriz necessário para a fabricação de LPs, o que significa que toda a produção de discos no mundo pode ser comprometida.
De acordo com reportagem do The Desert Sun, o incêndio começou por volta das 8h da manhã (13h no horário de Brasília) na sexta-feira dia 7.
Em uma declaração em seu site , a Apollo Masters escreveu: "É com muita tristeza que informamos que as instalações de fabricação e armazenamento da Apollo Masters sofreram um incêndio devastador e sofreram danos catastróficos. A melhor notícia é que todos os nossos funcionários estão seguros. Não temos certeza do nosso futuro neste momento e estamos avaliando as opções à medida que tentamos trabalhar nesse período difícil. Obrigado por todo o apoio ao longo dos anos e pelas notas de incentivo e apoio que recebemos de todos vocês."
O incêndio é um verdadeiro desastre para o mercado de discos no mundo todo e ameaça a produção em escala global. Em e-mail para a Billboard, Gil Tamazyan, presidente da fábrica de discos americana Capsule Labs, comentou: "A não ser que algo aconteça muito rápido, nós iremos viver um 'vinilgeddon". O empresário estima que a Apollo distribui 80% dos acetatos utilizados pelas fábricas de todo o mundo.
Em entrevista à Pitchfork , o co-fundador da Third Man Records Ben Blackwell disse que o incêndio da Apollo "apresentará um problema para a indústria do vinil em todo o mundo". Ele observou que a Apollo era uma das duas empresas que produzem discos de verniz e que a outra, MDC no Japão, "já tinha problemas para acompanhar a demanda antes deste desenvolvimento".
"Eu imagino que isso afetará a todos, não apenas o Third Man Pressing e o Third Man Mastering, mas até que ponto resta saber", disse Blackwell. Ele acrescentou: “Não quero ser alarmista. Mas estou tentando ser realista em oposição ao Pollyannish.”
Quando procurado por Pitchfork, David Read, coordenador de produção e vendas de vinil da Duplication, acrescentou que o incêndio “afetará diretamente todas as fábricas de vinil, bandas / etiquetas, engenheiros de masterização, instalações de revestimento etc., qualquer pessoa que use lacas como parte de seu processo". Porém, acrescentou com otimismo: “Nos meus quase 40 anos de experiência, a indústria do vinil como um todo é incrivelmente resistente e repleta de profissionais talentosos que, e já estão, se unindo para encontrar uma saída para esse grave problema”.
Fundada em 1936, a Apollo começou em uma casa, como uma pequena produtora de acetatos, até se tornar uma das maiores fabricantes do mundo, comercializando vários formatos de discos e até os cilindros de gravação de Thomas Edison.
O disco de acetato é o "disco master", um "molde' para fabricação de um vinil, que no processo de gravação é riscado por uma agulha especial, também fornecido e fabricado pela Apollo. O áudio é impresso nos sulcos do disco matriz e depois é copiado em massa nos vinis que são comercializados, sendo que para cada lançamento pelo menos um acetato é necessário.
Fontes
https://www.stereophile.com/
https://www.desertsun.com/
https://pitchfork.com/
https://www.rollingstone.com/
Localizada na Califórnia, a Apollo é uma das duas únicas fornecedoras do material matriz necessário para a fabricação de LPs, o que significa que toda a produção de discos no mundo pode ser comprometida.
https://www.desertsun.com/ - Reprodução |
Em uma declaração em seu site , a Apollo Masters escreveu: "É com muita tristeza que informamos que as instalações de fabricação e armazenamento da Apollo Masters sofreram um incêndio devastador e sofreram danos catastróficos. A melhor notícia é que todos os nossos funcionários estão seguros. Não temos certeza do nosso futuro neste momento e estamos avaliando as opções à medida que tentamos trabalhar nesse período difícil. Obrigado por todo o apoio ao longo dos anos e pelas notas de incentivo e apoio que recebemos de todos vocês."
O incêndio é um verdadeiro desastre para o mercado de discos no mundo todo e ameaça a produção em escala global. Em e-mail para a Billboard, Gil Tamazyan, presidente da fábrica de discos americana Capsule Labs, comentou: "A não ser que algo aconteça muito rápido, nós iremos viver um 'vinilgeddon". O empresário estima que a Apollo distribui 80% dos acetatos utilizados pelas fábricas de todo o mundo.
"Eu imagino que isso afetará a todos, não apenas o Third Man Pressing e o Third Man Mastering, mas até que ponto resta saber", disse Blackwell. Ele acrescentou: “Não quero ser alarmista. Mas estou tentando ser realista em oposição ao Pollyannish.”
Quando procurado por Pitchfork, David Read, coordenador de produção e vendas de vinil da Duplication, acrescentou que o incêndio “afetará diretamente todas as fábricas de vinil, bandas / etiquetas, engenheiros de masterização, instalações de revestimento etc., qualquer pessoa que use lacas como parte de seu processo". Porém, acrescentou com otimismo: “Nos meus quase 40 anos de experiência, a indústria do vinil como um todo é incrivelmente resistente e repleta de profissionais talentosos que, e já estão, se unindo para encontrar uma saída para esse grave problema”.
Fundada em 1936, a Apollo começou em uma casa, como uma pequena produtora de acetatos, até se tornar uma das maiores fabricantes do mundo, comercializando vários formatos de discos e até os cilindros de gravação de Thomas Edison.
O disco de acetato é o "disco master", um "molde' para fabricação de um vinil, que no processo de gravação é riscado por uma agulha especial, também fornecido e fabricado pela Apollo. O áudio é impresso nos sulcos do disco matriz e depois é copiado em massa nos vinis que são comercializados, sendo que para cada lançamento pelo menos um acetato é necessário.
Fontes
https://www.stereophile.com/
https://www.desertsun.com/
https://pitchfork.com/
https://www.rollingstone.com/