Ano: 1970
O Black Sabbath foi praticamente a pedra fundamental para o heavy metal. Eram profetas criados à margem da sociedade inglesa, desempregados, socialmente desprezíveis e ainda moralmente suspeitos. Em 1970 a banda já havia lançado o álbum Black Sabbath, um álbum que chocou e trouxe revolução à música. Flutuando entre harmônicos zumbidos, a dimensão aterrorizante da música cresce até o clímax na mesma medida em que o juízo final persegue o relutante protagonista. A história macabra, digna de Edgar Allan Poe, contada por uma revoada de guitarras, bateria e um microfone crepitante. Assim o Black Sabbath, inspirou imediata admiração, cativou o publico por completo.
No post Épico de hoje, vamos falar sobre um álbum que foi um marco na história do Heavy Metal, o Paranoid, que completou 50 anos em setembro de 2020. Também falarei um pouco sobre a banda e o contexto em que esse álbum foi criado no início da década de 70.
O Black Sabbath é uma banda de heavy metal formada no ano de 1968 em Birmingham, Reino Unido. Sua formação original era composta por Ozzy Osbourne (vocais), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria). Posteriormente, houve numerosas mudanças na banda, sendo Iommi o único componente fixo. Embora às vezes, sejam classificados como uma banda de Hard Rock, Black Sabbath é considerado o pioneiro e também um dos primeiros grupos a tocar o estilo Heavy Metal ao lado de Led Zeppelin e Deep Purple e também contribuíram muito para o desenvolvimento deste tipo desse gênero. Desde da sua formação, foram vendidos mais de cem milhões de cópias dos álbuns.
O Black Sabbath e seus membros cultivavam uma imagem horripilante, embalada pela bruxaria e pelo misticismo, que deram a banda a fama de satanistas e ainda rendeu um ou outro protesto público por parte dos defensores da igreja. Antes deles, astros do rock haviam encantado a opinião publica com flores, desfiles e promessas de mudar o mundo. O Black Sabbath avançou ao fim dessa procissão, ainda professando a necessidade de amor, mas avisando aos errantes que não haveria volta a um ingênuo estado de graça.
No fim dos anos 60, o cenário do rock passava por um verdadeiro turbilhão de acontecimentos e beirava a decadência. Fatos como as quatro mortes ocorridas no show dos Rolling Stones, no Altamont Receway, em dezembro de 69, chocaram a comunidade do rock e deixaram os jovens desiludidos com os ideias pacifistas. Depois disso em abril 1970, enquanto o Sabbath estava bem posicionado nas listas dos mais vendidos, Paul MacCartney anunciava a efetiva separação dos Beatles e ainda Jonis Joplin, Jimi Hendrix e Jim Morrison, em vez de confortar seu público nesse mundo já tão incerto, morreriam de overdose em menos de um ano. A geração "paz e amor" que havia criado a contracultura, agora já cansada e frustrada, voltava em hordas para onde havia nascido ou ia em direção as montanhas. Nesse contexto, qualquer coisa que exorcizasse os pesadelos descomunais da utopia que havia entrado em colapso, cairia no gosto do público. O Black Sabbath soube se aproveitar disso, parecia fortalecer-se, e nunca fingia ter respostas para além das ocasionais exortações de amor ao próximo. Embora retratados como pobres coitados e desordeiros, o álbum de lançamento da banda logo alcançou a lista dos dez mais vendidos da Inglaterra. Em sua turnê inaugural pelos EUA, planejada em meados de 1970, foi cancelada graças ao julgamento de Manson, pois o clima do país era de pouca hospitalidade com tipos aparentemente perigosos. Então a Vertigo Records, tanto tentou que acabou conseguindo extrair mais material inédito da banda, ao interromper a tour e recrutá-los para outro período de gravações em setembro de 1970.
Depois de dois dias de gravação, a banda lançou o seu álbum mais vendido, marcado por uma performance bem mais entrosada e com propósito criativo intensificado, o poderoso Paranoid (1970), do qual saíram as músicas "War Pigs", "Paranoid" e "Iron Man".
Embora Paranoid (1970) mantivesse o assustador espirito do Black Sabbath, as propostas do segundo álbum eram menos místicas e mais tangíveis. Ozzy Osbourne, obcecado por temas como estrago e perda de controle, discorre sobre os males do vício em "Hand of Doom", guerra nuclear em "Eletric Funeral" e trauma psicológico causado pela guerra em "Iron Man". Assim como a impressionante faixa-titulo, a alma de "Paranoid" ainda parecia vir de uma publicação ocultista, Walpurgis, cuja a letra suscitava imagens como "as bruxas em missas negras" e "os feiticeiros da morte". Quando gravada para o álbum Paranoid (1970), entretanto, a música foi levemente reescrita e virou "War Pigs", um cataclísmico hino antiguerra, que acusava políticos de enviarem jovens pobres para fazer o trabalho sujo no lugar dos bancos e da nação.
Os membros do Sabbath agora tinham experiência não apenas como músicos, mas como porta-vozes de uma geração. Se a mudança aconteceria via música, o letrista Geezer Butler entendeu que teria de combater tudo que era feio logo na linha de frente. As novas músicas do Black Sabbath buscavam paz e amor, mas não nos moldes de Donovan e Jefferson Airplane, e sim, na endurecida realidade de campos de batalha e fornos humanos. Ozzy Osbourne despejava as letras como em um transe, lendo mensagens dotadas de muita verdade.
A obra que se tornaria um referencial para diversas gerações de músicos foi batizada "Paranoid" em substituição ao título original, "War Pigs", censura motivada pela possível relação com a Guerra do Vietnã. Suas oito faixas dinamitam o ouvinte com riffs violentos de guitarra e baixo, pratos estourando para todos os lados; fundindo esta pedrada toda, com a voz inconfundível de Ozzy Osbourne, cujos vocais parecem sempre estar neste disco beirando a histeria e a paranóia.
O disco abre com "War Pigs", já dando uma mostra do que vem pela frente: a guitarra Gibson SG de Iommi distorcida, o baixo Fender de Butler estalando e a bateria de Ward marcando os tempos fortes, com uma sirene cortando seus ouvidos ao fundo. Depois que Ozzy começa a cantar, a música explode por quase oito minutos, até acabar numa distorção generalizada. Um dos mais perfeitos e antológicos riffs de Tony Iommi somado aos versos incisivos, anti-belicistas, cantados pela voz inclemente de Ozzy. O solo dessa música, um dos melhores (e mais famosos) do Black Sabbath, é o grande destaque.
Em seguida, a faixa título, "Paranoid", um das mais famosas de toda a carreira do Sabbath, que pode ser vista às vezes num clip psicodélico na MTV. Lendária. Mitológica. Contém um riff fabuloso, considerado o melhor de todos os tempos do Rock n' Roll. A letra encarna perfeitamente Ozzy Osbourne, "Paranoid", certamente, é definitiva e eterna. O mais impressionante é que foi feita em 5 minutos, apenas para finalizar o disco.
"Planet Caravan", a terceira faixa, a mais "suave" do disco. Faixa acústica, algo psicodélica mas muito, muito triste. Ozzy canta com toda a angústia e distanciamento desse mundo, sua voz parece vir de outras eras. Os discretos efeitos de guitarra dão a ela uma beleza singela e melancólica.
É a pausa que você necessita para agüentar o que vem pela frente.
"Iron Man", mais uma música antológica. Jamais uma banda de rock compôs uma "sinfonia de riffs" tão perfeita quanto ela. Os solos, incrivelmente pesados e cativantes, fazem cair o queixo. O ponto alto da carreira de Tony Iommi, sem dúvida.
"Electric Funeral", lenta, arrastada, perturbadora. Uma das faixas mais macabras do disco e da carreira do Sabbath. Ozzy faz vocais verdadeiramente monstruosos. O lado mais pesado e sombrio da banda está mostrado por inteiro, incluindo a letra que narra os horrores de um mundo devastado pela radiação atômica.
"Hand of Doom", violenta crítica à Guerra do Vietnã, fala de soldados se drogando para esquecer os horrores do conflito. Com várias partes diferentes, é a música mais sofisticada do disco.
"Rat Salad", instrumental que é a cara da banda. Bill Ward, solta as mãos com precisão e peso. Os vocais não fazem falta, em 5 segundos se percebe que é uma música Sabbath.
”Fairies Wear Boots“, letra bem humorada, que narra o incidente onde o equipamento (o primeiro) do Sabbath foi roubado por uma gangue de skinheads (as "fadas de botas" do título da canção). Canção despretensiosa, flui bem e agrada com facilidade. É a faixa musicalmente mais simples, mas têm seus adoradores, não compromete a qualidade excepcional do disco.
Se a capa de ”Paranoid“ não é lá uma obra prima, com aquele cruzamento bizarro de motoqueiro/super-herói/guerreiro saindo de trás de uma árvore à noite, te ”ameaçando“ com um sabre na mão esquerda o selo original da Vertigo era uma viagem, que infelizmente se perdeu ao ser lançado em CD.
"Master of Reality", o terceiro álbum do Black Sabbath, foi lançado em agosto de 1971. Entre as oito músicas estavam algumas que se tornaram marcas registradas da banda, como "Children of the Grave" e "Sweet Leaf".
O Black Sabbath gravou o álbum chamado "Vol. 4" no início de 1972 no Record Plant, em Los Angeles. Somando-se a poderosas músicas como "Supernaut" e "Under The Sun", o álbum revelava um lado completamente novo para a banda, com músicas melódicas, cuidadosamente escritas e tocadas, como "Cornucopia" e a instigante "Laguna Sunrise", uma composição instrumental que se tornaria uma das marcas registradas da banda.
Considerado um dos clássicos do Hard Rock, o álbum de 1973, "Sabbath Bloody Sabbath", ganhou aclamação da crítica. Músicas como "Killing Yourself to Live", "Looking For Today" e a faixa título aliavam o som poderoso do grupo a letras mais amplas e multi-facetadas. Produzido, escrito e gravado pela banda, "Sabbath Bloody Sabbath" foi um ponto alto na sua longa carreira.
Quando "Sabotage", sexto disco do Black Sabbath, foi lançado em 1975, não apenas estava comprovada a competência da banda, mas também era óbvia a melhoria dos arranjos, produção e lirismo. "Sabotage" é o Sabbath ainda no topo da carreira.
"We Sold Our Soul For Rock and Roll" foi uma demolidora coletânea, composta de quatorze músicas, todas clássicos do Hard Rock e Heavy Metal. Trata-se de uma excelente amostra da carreira da banda, desde o primeiro álbum até "Sabotage".
"Technical Ecstasy" trata-se de um dos mais inventivos e originais álbuns de estúdio do Black Sabbath. Traz músicas típicas da banda, como "Back Street Kids", "Gypsy", "Rock 'N' Roll Doctor" e a principal do LP, "Dirty Women".
Em 1977 Ozzy deixou o Black Sabbath por problemas pessoais. Durante esse periodo, de outubro de 77 a janeiro de 78, Dave Walker do Fleetwood Mac, o substituiu. Com esta formação a banda tocou ao vivo apenas uma vez, para um programa de televisão e gravou "Junior´s Eyes" com diferentes letras.
Sendo o oitavo álbum de estúdio de uma carreira que se extende por mais de duas décadas, o lançamento de 1978, "Never Say Die", traz algumas das mais memoráveis letras. "Never Say Die" captura toda a força da formação original. Foi o último álbum com Ozzy à frente do Sabbath. Inclui as músicas "Johnny Blade", "Breakout", "Shock Wave" e a faixa título, todas tocadas no repertório da banda ao vivo.
Em 1979 Ozzy Osbourne foi substituído por Ronnie James Dio, um americano que havia participado do grupo Elf e sido parte da banda Rainbow de Ritchie Blackmore. Foi a primeira mudança de formação do grupo em mais de uma década. "Heaven and Hell" foi o primeiro álbum com o novo cantor. As músicas foram escritas pela banda com a participação de Dio.
Lançado em 1981, segundo álbum com o vocalista Dio e o primeiro álbum com o novo baterista Vinnie Appice, "Mob Rules" apresenta músicas massacrantes como "Turn Up The Night", "Sliping Away" e "The Mob Rule".
Em 1982 o Black Sabbath lançou um álbum ao vivo, "Live Evil", contendo todos os grandes hits de todos os álbuns lançados. Logo após a gravação Ronnie James Dio e Vinnie Appice deixaram a banda. Houveram desentendimentos porque Dio "sabotou" a mixagem do álbum para destacar a sua voz no som da gravação.
O álbum "Born Again", de 1983, trazia como vocalista Ian Gillan, originalmente membro do Deep Purple. O baterista original do Sabbath, Bill Ward, voltara à banda. Alguns dos destaques deste álbum são "Trashed", "Digital Bitch" e "Zero The Hero". Na turnê, Bev Bevan da banda ELO, substituiu Ward. Depois da turnê Bev Bevan e Ian Gillan deixaram a banda. Bill Ward voltou e o Sabbath experimentou um novo vocalista, Dave Donato. Esta formação nunca gravou e Dave Donato foi demitido da banda após uma entrevista muito egocêntrica. Tentaram novamente manter a banda no ar com o vocalista Ron Keel. Finalmente, com a saída de Geezer Butler, o Sabbath acabou.
Três anos depois, em 1986, Tony Iommi lançou o álbum "Seventh Star", anunciado como "Black Sabbath featuring Tony Iommi". Deveria tratar-se de um álbum solo de Iommi, mas a gravadora decidiu usar o nome do Black Sabbath. Glen Hughes, do Deep Purple, foi o vocalista. Durante a turnê americana Glen Hughes saiu, sendo substituído por Ray Gillen.
Em 1987 o Black Sabbath lançou o seu décimo quarto álbum, "The Eternal Idol", que teve grandes sucessos como "Shining", "Hard Life to Love", "Born to Lose" e "Lost Forever". A formação da época era constituída de Tony Iommi, Tony Martin (vocais), Dave Spitz, Bob Daisley (baixo), Bev Bevan (percussão) e Eric Singer (bateria, que mais tarde iria para o Kiss). Ray Gillen aparentemente gravou este álbum e saiu antes que ele fosse lançado. Tony Martin regravou os vocais.
Em 1989, o Black Sabbath lançou "Headless Cross", com destaques como "Devil and Daughter", "When Death Calls", "Black Moon" e a faixa título. A formação consistia de Tony Iommi, Tony Martin, Cozy Powell (bateria) e Laurance Cottle (baixo). Laurance Cottle mais tarde foi substituído por Neil Murray.
Em 1990, vinte e dois anos após a formação, foi gravado "TYR". Mantinha o estilo inaugurado em 1987 com "The Eternal Idol". Alguns destaques deste álbum são "Anno Mundi", "Jerusalem", "The Sabbath Stones" e a balada "Feels Good to Me".
O ano de 1992 foi um momento histórico para o Black Sabbath. Foi o ano da reunião de Ronnie James Dio, Geezer Butler, Vinnie Appice e Tony Iommi. O álbum "Dehumanizer" foi aguardado e aclamado. Alguns dos hits foram "Time Machine", "TV Crimes", "Master of Insanity" e "Sins Of The Father". "Time Machine" fez parte da trilha sonora do filme "Wayne's World" ("Quanto Mais Idiota Melhor").
Em 1994, o Black Sabbath lançou seu décimo oitavo álbum, "Cross Purposes" que entre outros hits incluiu as músicas "I Witness", "Cross of Thorns", "The Hand That Rocks The Cradle", "Immaculate Deception" e "Psychophobia". A formação da banda consistia de Tony Martin (vocal), Geezer Butler, Tony Iommi e Bobb Rondinelli (bateria).
Em 1995, o Black Sabbath lançou "Forbidden", com o destaque para as músicas "The Illusion of Power", "Get a Grip", "Shaking Off The Chains" e "Sick and Tired". A formação da banda consistia de Tony Martin, Neil Murray (baixo), Tony Iommi e Cozy Powell (bateria). Cozzy Powel deixou a banda no meio da turnê americana e foi substituído por Bobby Rondinelli.
No ano de 1997, foi anunciada a tão esperada volta do Black Sabbath original, com Ozzy, Bill Ward, Tony Iommi e Geezer Butler. Logo após, seguiu-se o Ozz-fest com várias bandas além da banda de Ozzy e, fechando a noite, o Black Sabbath original. O resultado desta tour foi "Reunion", um álbum ao vivo que traz clássicos absolutos juntamente com músicas que a muito não se escutavam num show da banda, caso de "Dirty Woman" e "Sweet Leaf".
Parecia que a formação ia retornar na unidade histórica para a gravação de um novo álbum, mas não terminou o caso. A preparação de um novo trabalho registrado foi iniciada em 2001, mas, provavelmente, devido às restrições impostas por contratos de Osbourne em suas atividades solista, não houve qualquer resultado. Em 2004, o Sabbath teve tocado em uma nova turnê do Ozzfest (com Adam Wakeman, filho de Rick, nos teclados, substituindo Geoff Nicholls), que celebra o seu trigésimo quinto aniversário, e também em 2005, viu-lhes participar na caravana adicionando algumas datas na Europa.
Em 13 de março de 2006, Black Sabbath entraram no Rock and Roll Hall of Fame. Eles foram introduzidos pela banda Metallica que também tocou duas canções da banda do Iommi ("Hole in the Sky" e "Iron Man").
Quando parecia que já tinha chegado ao seu final, e a retirada do cenário musical, em outubro de 2006, foi anunciada uma turnê no principal festival europeu de metal, a formação do álbum Heaven and Hell: Dio, Iommi, Butler e Ward.
O seu nome para esta excursão foi Heaven & Hell. Em novembro de 2006, Ward abandonou o projeto, porque eles disseram muito vagamente, que houve especulações sobre o novo nome do grupo, e foi substituído por Vinny Appice.
Em 2009, Ozzy Osbourne processou Tony Iommi pelo uso da marca Black Sabbath. Ozzy alega que Iommi registrou ilegalmente para si a propriedade sobre o nome da banda, em processo junto ao escritório de marcas e patentes dos Estados Unidos. Ozzy pede 50% de direito de propriedade sobre a marca, junto com uma parte dos lucros que Iommi obteve de seu uso ao longo dos anos. Segundo a corte federal de Manhattan, o processo ainda alega que foram os "vocais singulares de Ozzy" os principais responsáveis pelo "extraordinário sucesso" do Black Sabbath em sua primeira década de existência, apontando o fato de que a popularidade do Black Sabbath caiu após sua saída do grupo. O curioso disso tudo é que, apesar dos direitos sobre o nome Black Sabbath pertencerem a Iommi, ele foi cunhado por Geezer Butler em homenagem ao filme O Sabá Negro (No original, Black Sabbath), de 1963. Em junho de 2010, a batalha legal entre os dois sobre os direitos do nome da banda teria sido encerrada, mas os termos deste acordo não foram divulgados.
No dia 16 de maio de 2010, Ronnie James Dio sucumbiu ao câncer de estômago e morreu aos 67 anos. A morte de Dio foi confirmada por sua esposa, Wendy Dio, que publicou um comunicado na página oficial do músico. “Hoje meu coração está partido, Ronnie morreu às 7h45 . Muitos amigos e familiares puderam dizer adeus antes dele morrer pacificamente”, escreveu Wendy. E mais uma vez o Rock n´ Roll perdeu um lendário vocalista.
Em 24 de janeiro de 2011, Osbourne dissera que ele e seus ex-companheiros estavam em processo de discussão acerca de uma possível reunião e de gravação de um álbum de estúdio.
Gravadora: Regent Sound e Island Studios
Gênero: Heavy Metal
O Black Sabbath foi praticamente a pedra fundamental para o heavy metal. Eram profetas criados à margem da sociedade inglesa, desempregados, socialmente desprezíveis e ainda moralmente suspeitos. Em 1970 a banda já havia lançado o álbum Black Sabbath, um álbum que chocou e trouxe revolução à música. Flutuando entre harmônicos zumbidos, a dimensão aterrorizante da música cresce até o clímax na mesma medida em que o juízo final persegue o relutante protagonista. A história macabra, digna de Edgar Allan Poe, contada por uma revoada de guitarras, bateria e um microfone crepitante. Assim o Black Sabbath, inspirou imediata admiração, cativou o publico por completo.
No post Épico de hoje, vamos falar sobre um álbum que foi um marco na história do Heavy Metal, o Paranoid, que completou 50 anos em setembro de 2020. Também falarei um pouco sobre a banda e o contexto em que esse álbum foi criado no início da década de 70.
O Black Sabbath é uma banda de heavy metal formada no ano de 1968 em Birmingham, Reino Unido. Sua formação original era composta por Ozzy Osbourne (vocais), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria). Posteriormente, houve numerosas mudanças na banda, sendo Iommi o único componente fixo. Embora às vezes, sejam classificados como uma banda de Hard Rock, Black Sabbath é considerado o pioneiro e também um dos primeiros grupos a tocar o estilo Heavy Metal ao lado de Led Zeppelin e Deep Purple e também contribuíram muito para o desenvolvimento deste tipo desse gênero. Desde da sua formação, foram vendidos mais de cem milhões de cópias dos álbuns.
O Black Sabbath e seus membros cultivavam uma imagem horripilante, embalada pela bruxaria e pelo misticismo, que deram a banda a fama de satanistas e ainda rendeu um ou outro protesto público por parte dos defensores da igreja. Antes deles, astros do rock haviam encantado a opinião publica com flores, desfiles e promessas de mudar o mundo. O Black Sabbath avançou ao fim dessa procissão, ainda professando a necessidade de amor, mas avisando aos errantes que não haveria volta a um ingênuo estado de graça.
No fim dos anos 60, o cenário do rock passava por um verdadeiro turbilhão de acontecimentos e beirava a decadência. Fatos como as quatro mortes ocorridas no show dos Rolling Stones, no Altamont Receway, em dezembro de 69, chocaram a comunidade do rock e deixaram os jovens desiludidos com os ideias pacifistas. Depois disso em abril 1970, enquanto o Sabbath estava bem posicionado nas listas dos mais vendidos, Paul MacCartney anunciava a efetiva separação dos Beatles e ainda Jonis Joplin, Jimi Hendrix e Jim Morrison, em vez de confortar seu público nesse mundo já tão incerto, morreriam de overdose em menos de um ano. A geração "paz e amor" que havia criado a contracultura, agora já cansada e frustrada, voltava em hordas para onde havia nascido ou ia em direção as montanhas. Nesse contexto, qualquer coisa que exorcizasse os pesadelos descomunais da utopia que havia entrado em colapso, cairia no gosto do público. O Black Sabbath soube se aproveitar disso, parecia fortalecer-se, e nunca fingia ter respostas para além das ocasionais exortações de amor ao próximo. Embora retratados como pobres coitados e desordeiros, o álbum de lançamento da banda logo alcançou a lista dos dez mais vendidos da Inglaterra. Em sua turnê inaugural pelos EUA, planejada em meados de 1970, foi cancelada graças ao julgamento de Manson, pois o clima do país era de pouca hospitalidade com tipos aparentemente perigosos. Então a Vertigo Records, tanto tentou que acabou conseguindo extrair mais material inédito da banda, ao interromper a tour e recrutá-los para outro período de gravações em setembro de 1970.
Depois de dois dias de gravação, a banda lançou o seu álbum mais vendido, marcado por uma performance bem mais entrosada e com propósito criativo intensificado, o poderoso Paranoid (1970), do qual saíram as músicas "War Pigs", "Paranoid" e "Iron Man".
Embora Paranoid (1970) mantivesse o assustador espirito do Black Sabbath, as propostas do segundo álbum eram menos místicas e mais tangíveis. Ozzy Osbourne, obcecado por temas como estrago e perda de controle, discorre sobre os males do vício em "Hand of Doom", guerra nuclear em "Eletric Funeral" e trauma psicológico causado pela guerra em "Iron Man". Assim como a impressionante faixa-titulo, a alma de "Paranoid" ainda parecia vir de uma publicação ocultista, Walpurgis, cuja a letra suscitava imagens como "as bruxas em missas negras" e "os feiticeiros da morte". Quando gravada para o álbum Paranoid (1970), entretanto, a música foi levemente reescrita e virou "War Pigs", um cataclísmico hino antiguerra, que acusava políticos de enviarem jovens pobres para fazer o trabalho sujo no lugar dos bancos e da nação.
Os membros do Sabbath agora tinham experiência não apenas como músicos, mas como porta-vozes de uma geração. Se a mudança aconteceria via música, o letrista Geezer Butler entendeu que teria de combater tudo que era feio logo na linha de frente. As novas músicas do Black Sabbath buscavam paz e amor, mas não nos moldes de Donovan e Jefferson Airplane, e sim, na endurecida realidade de campos de batalha e fornos humanos. Ozzy Osbourne despejava as letras como em um transe, lendo mensagens dotadas de muita verdade.
A obra que se tornaria um referencial para diversas gerações de músicos foi batizada "Paranoid" em substituição ao título original, "War Pigs", censura motivada pela possível relação com a Guerra do Vietnã. Suas oito faixas dinamitam o ouvinte com riffs violentos de guitarra e baixo, pratos estourando para todos os lados; fundindo esta pedrada toda, com a voz inconfundível de Ozzy Osbourne, cujos vocais parecem sempre estar neste disco beirando a histeria e a paranóia.
O disco abre com "War Pigs", já dando uma mostra do que vem pela frente: a guitarra Gibson SG de Iommi distorcida, o baixo Fender de Butler estalando e a bateria de Ward marcando os tempos fortes, com uma sirene cortando seus ouvidos ao fundo. Depois que Ozzy começa a cantar, a música explode por quase oito minutos, até acabar numa distorção generalizada. Um dos mais perfeitos e antológicos riffs de Tony Iommi somado aos versos incisivos, anti-belicistas, cantados pela voz inclemente de Ozzy. O solo dessa música, um dos melhores (e mais famosos) do Black Sabbath, é o grande destaque.
Em seguida, a faixa título, "Paranoid", um das mais famosas de toda a carreira do Sabbath, que pode ser vista às vezes num clip psicodélico na MTV. Lendária. Mitológica. Contém um riff fabuloso, considerado o melhor de todos os tempos do Rock n' Roll. A letra encarna perfeitamente Ozzy Osbourne, "Paranoid", certamente, é definitiva e eterna. O mais impressionante é que foi feita em 5 minutos, apenas para finalizar o disco.
É a pausa que você necessita para agüentar o que vem pela frente.
"Iron Man", mais uma música antológica. Jamais uma banda de rock compôs uma "sinfonia de riffs" tão perfeita quanto ela. Os solos, incrivelmente pesados e cativantes, fazem cair o queixo. O ponto alto da carreira de Tony Iommi, sem dúvida.
"Electric Funeral", lenta, arrastada, perturbadora. Uma das faixas mais macabras do disco e da carreira do Sabbath. Ozzy faz vocais verdadeiramente monstruosos. O lado mais pesado e sombrio da banda está mostrado por inteiro, incluindo a letra que narra os horrores de um mundo devastado pela radiação atômica.
"Hand of Doom", violenta crítica à Guerra do Vietnã, fala de soldados se drogando para esquecer os horrores do conflito. Com várias partes diferentes, é a música mais sofisticada do disco.
"Rat Salad", instrumental que é a cara da banda. Bill Ward, solta as mãos com precisão e peso. Os vocais não fazem falta, em 5 segundos se percebe que é uma música Sabbath.
”Fairies Wear Boots“, letra bem humorada, que narra o incidente onde o equipamento (o primeiro) do Sabbath foi roubado por uma gangue de skinheads (as "fadas de botas" do título da canção). Canção despretensiosa, flui bem e agrada com facilidade. É a faixa musicalmente mais simples, mas têm seus adoradores, não compromete a qualidade excepcional do disco.
Se a capa de ”Paranoid“ não é lá uma obra prima, com aquele cruzamento bizarro de motoqueiro/super-herói/guerreiro saindo de trás de uma árvore à noite, te ”ameaçando“ com um sabre na mão esquerda o selo original da Vertigo era uma viagem, que infelizmente se perdeu ao ser lançado em CD.
"Master of Reality", o terceiro álbum do Black Sabbath, foi lançado em agosto de 1971. Entre as oito músicas estavam algumas que se tornaram marcas registradas da banda, como "Children of the Grave" e "Sweet Leaf".
O Black Sabbath gravou o álbum chamado "Vol. 4" no início de 1972 no Record Plant, em Los Angeles. Somando-se a poderosas músicas como "Supernaut" e "Under The Sun", o álbum revelava um lado completamente novo para a banda, com músicas melódicas, cuidadosamente escritas e tocadas, como "Cornucopia" e a instigante "Laguna Sunrise", uma composição instrumental que se tornaria uma das marcas registradas da banda.
Considerado um dos clássicos do Hard Rock, o álbum de 1973, "Sabbath Bloody Sabbath", ganhou aclamação da crítica. Músicas como "Killing Yourself to Live", "Looking For Today" e a faixa título aliavam o som poderoso do grupo a letras mais amplas e multi-facetadas. Produzido, escrito e gravado pela banda, "Sabbath Bloody Sabbath" foi um ponto alto na sua longa carreira.
Quando "Sabotage", sexto disco do Black Sabbath, foi lançado em 1975, não apenas estava comprovada a competência da banda, mas também era óbvia a melhoria dos arranjos, produção e lirismo. "Sabotage" é o Sabbath ainda no topo da carreira.
"We Sold Our Soul For Rock and Roll" foi uma demolidora coletânea, composta de quatorze músicas, todas clássicos do Hard Rock e Heavy Metal. Trata-se de uma excelente amostra da carreira da banda, desde o primeiro álbum até "Sabotage".
"Technical Ecstasy" trata-se de um dos mais inventivos e originais álbuns de estúdio do Black Sabbath. Traz músicas típicas da banda, como "Back Street Kids", "Gypsy", "Rock 'N' Roll Doctor" e a principal do LP, "Dirty Women".
Em 1977 Ozzy deixou o Black Sabbath por problemas pessoais. Durante esse periodo, de outubro de 77 a janeiro de 78, Dave Walker do Fleetwood Mac, o substituiu. Com esta formação a banda tocou ao vivo apenas uma vez, para um programa de televisão e gravou "Junior´s Eyes" com diferentes letras.
Sendo o oitavo álbum de estúdio de uma carreira que se extende por mais de duas décadas, o lançamento de 1978, "Never Say Die", traz algumas das mais memoráveis letras. "Never Say Die" captura toda a força da formação original. Foi o último álbum com Ozzy à frente do Sabbath. Inclui as músicas "Johnny Blade", "Breakout", "Shock Wave" e a faixa título, todas tocadas no repertório da banda ao vivo.
Em 1979 Ozzy Osbourne foi substituído por Ronnie James Dio, um americano que havia participado do grupo Elf e sido parte da banda Rainbow de Ritchie Blackmore. Foi a primeira mudança de formação do grupo em mais de uma década. "Heaven and Hell" foi o primeiro álbum com o novo cantor. As músicas foram escritas pela banda com a participação de Dio.
Lançado em 1981, segundo álbum com o vocalista Dio e o primeiro álbum com o novo baterista Vinnie Appice, "Mob Rules" apresenta músicas massacrantes como "Turn Up The Night", "Sliping Away" e "The Mob Rule".
O álbum "Born Again", de 1983, trazia como vocalista Ian Gillan, originalmente membro do Deep Purple. O baterista original do Sabbath, Bill Ward, voltara à banda. Alguns dos destaques deste álbum são "Trashed", "Digital Bitch" e "Zero The Hero". Na turnê, Bev Bevan da banda ELO, substituiu Ward. Depois da turnê Bev Bevan e Ian Gillan deixaram a banda. Bill Ward voltou e o Sabbath experimentou um novo vocalista, Dave Donato. Esta formação nunca gravou e Dave Donato foi demitido da banda após uma entrevista muito egocêntrica. Tentaram novamente manter a banda no ar com o vocalista Ron Keel. Finalmente, com a saída de Geezer Butler, o Sabbath acabou.
Três anos depois, em 1986, Tony Iommi lançou o álbum "Seventh Star", anunciado como "Black Sabbath featuring Tony Iommi". Deveria tratar-se de um álbum solo de Iommi, mas a gravadora decidiu usar o nome do Black Sabbath. Glen Hughes, do Deep Purple, foi o vocalista. Durante a turnê americana Glen Hughes saiu, sendo substituído por Ray Gillen.
Em 1987 o Black Sabbath lançou o seu décimo quarto álbum, "The Eternal Idol", que teve grandes sucessos como "Shining", "Hard Life to Love", "Born to Lose" e "Lost Forever". A formação da época era constituída de Tony Iommi, Tony Martin (vocais), Dave Spitz, Bob Daisley (baixo), Bev Bevan (percussão) e Eric Singer (bateria, que mais tarde iria para o Kiss). Ray Gillen aparentemente gravou este álbum e saiu antes que ele fosse lançado. Tony Martin regravou os vocais.
Em 1989, o Black Sabbath lançou "Headless Cross", com destaques como "Devil and Daughter", "When Death Calls", "Black Moon" e a faixa título. A formação consistia de Tony Iommi, Tony Martin, Cozy Powell (bateria) e Laurance Cottle (baixo). Laurance Cottle mais tarde foi substituído por Neil Murray.
Em 1990, vinte e dois anos após a formação, foi gravado "TYR". Mantinha o estilo inaugurado em 1987 com "The Eternal Idol". Alguns destaques deste álbum são "Anno Mundi", "Jerusalem", "The Sabbath Stones" e a balada "Feels Good to Me".
O ano de 1992 foi um momento histórico para o Black Sabbath. Foi o ano da reunião de Ronnie James Dio, Geezer Butler, Vinnie Appice e Tony Iommi. O álbum "Dehumanizer" foi aguardado e aclamado. Alguns dos hits foram "Time Machine", "TV Crimes", "Master of Insanity" e "Sins Of The Father". "Time Machine" fez parte da trilha sonora do filme "Wayne's World" ("Quanto Mais Idiota Melhor").
Em 1994, o Black Sabbath lançou seu décimo oitavo álbum, "Cross Purposes" que entre outros hits incluiu as músicas "I Witness", "Cross of Thorns", "The Hand That Rocks The Cradle", "Immaculate Deception" e "Psychophobia". A formação da banda consistia de Tony Martin (vocal), Geezer Butler, Tony Iommi e Bobb Rondinelli (bateria).
Em 1995, o Black Sabbath lançou "Forbidden", com o destaque para as músicas "The Illusion of Power", "Get a Grip", "Shaking Off The Chains" e "Sick and Tired". A formação da banda consistia de Tony Martin, Neil Murray (baixo), Tony Iommi e Cozy Powell (bateria). Cozzy Powel deixou a banda no meio da turnê americana e foi substituído por Bobby Rondinelli.
No ano de 1997, foi anunciada a tão esperada volta do Black Sabbath original, com Ozzy, Bill Ward, Tony Iommi e Geezer Butler. Logo após, seguiu-se o Ozz-fest com várias bandas além da banda de Ozzy e, fechando a noite, o Black Sabbath original. O resultado desta tour foi "Reunion", um álbum ao vivo que traz clássicos absolutos juntamente com músicas que a muito não se escutavam num show da banda, caso de "Dirty Woman" e "Sweet Leaf".
Parecia que a formação ia retornar na unidade histórica para a gravação de um novo álbum, mas não terminou o caso. A preparação de um novo trabalho registrado foi iniciada em 2001, mas, provavelmente, devido às restrições impostas por contratos de Osbourne em suas atividades solista, não houve qualquer resultado. Em 2004, o Sabbath teve tocado em uma nova turnê do Ozzfest (com Adam Wakeman, filho de Rick, nos teclados, substituindo Geoff Nicholls), que celebra o seu trigésimo quinto aniversário, e também em 2005, viu-lhes participar na caravana adicionando algumas datas na Europa.
Em 13 de março de 2006, Black Sabbath entraram no Rock and Roll Hall of Fame. Eles foram introduzidos pela banda Metallica que também tocou duas canções da banda do Iommi ("Hole in the Sky" e "Iron Man").
Quando parecia que já tinha chegado ao seu final, e a retirada do cenário musical, em outubro de 2006, foi anunciada uma turnê no principal festival europeu de metal, a formação do álbum Heaven and Hell: Dio, Iommi, Butler e Ward.
O seu nome para esta excursão foi Heaven & Hell. Em novembro de 2006, Ward abandonou o projeto, porque eles disseram muito vagamente, que houve especulações sobre o novo nome do grupo, e foi substituído por Vinny Appice.
Em 2009, Ozzy Osbourne processou Tony Iommi pelo uso da marca Black Sabbath. Ozzy alega que Iommi registrou ilegalmente para si a propriedade sobre o nome da banda, em processo junto ao escritório de marcas e patentes dos Estados Unidos. Ozzy pede 50% de direito de propriedade sobre a marca, junto com uma parte dos lucros que Iommi obteve de seu uso ao longo dos anos. Segundo a corte federal de Manhattan, o processo ainda alega que foram os "vocais singulares de Ozzy" os principais responsáveis pelo "extraordinário sucesso" do Black Sabbath em sua primeira década de existência, apontando o fato de que a popularidade do Black Sabbath caiu após sua saída do grupo. O curioso disso tudo é que, apesar dos direitos sobre o nome Black Sabbath pertencerem a Iommi, ele foi cunhado por Geezer Butler em homenagem ao filme O Sabá Negro (No original, Black Sabbath), de 1963. Em junho de 2010, a batalha legal entre os dois sobre os direitos do nome da banda teria sido encerrada, mas os termos deste acordo não foram divulgados.
No dia 16 de maio de 2010, Ronnie James Dio sucumbiu ao câncer de estômago e morreu aos 67 anos. A morte de Dio foi confirmada por sua esposa, Wendy Dio, que publicou um comunicado na página oficial do músico. “Hoje meu coração está partido, Ronnie morreu às 7h45 . Muitos amigos e familiares puderam dizer adeus antes dele morrer pacificamente”, escreveu Wendy. E mais uma vez o Rock n´ Roll perdeu um lendário vocalista.
Em 24 de janeiro de 2011, Osbourne dissera que ele e seus ex-companheiros estavam em processo de discussão acerca de uma possível reunião e de gravação de um álbum de estúdio.
Depois do anúncio da reunião, descobriu-se que Tony Iommi estava com câncer: ele foi diagnosticado com linfoma em estágio inicial.
Em 21 de maio de 2012 deu-se a primeira apresentação da banda desde 2005, deu-se a primeira apresentação da banda, após o anúncio da reunião. Ozzy, Iommi, Geezer e Clufetos apresentaram-se para um público de aproximadamente 3 mil pessoas, capacidade do local. O show não teve banda de abertura, e começou com "Into The Void", do álbum "Master Of Reality". Os ingressos esgotaram muito rápido, chegando a custar 8 mil reais no mercado paralelo, segundo fora noticiado em alguns jornais e sites.
Uma parte do local foi reservado para familiares e amigos. O show foi gravado na íntegra, assim como declarações de fãs antes e depois do show e cenas do backstage.
E no dia 13 de janeiro de 2013, foi anunciado que o novo álbum seria lançado em junho sob o título 13, que falaremos em outro post. O primeiro álbum de estúdio do grupo com Ozzy Osbourne desde 1978 foi lançado pela Vertigo/Universal nos Estados Unidos e pela Vertigo no resto do mundo. A bateria do álbum foi gravada por Brad Wilk (ex-Rage Against the Machine), e a produção ficou a cargo de Rick Rubin.
E no dia 13 de janeiro de 2013, foi anunciado que o novo álbum seria lançado em junho sob o título 13, que falaremos em outro post. O primeiro álbum de estúdio do grupo com Ozzy Osbourne desde 1978 foi lançado pela Vertigo/Universal nos Estados Unidos e pela Vertigo no resto do mundo. A bateria do álbum foi gravada por Brad Wilk (ex-Rage Against the Machine), e a produção ficou a cargo de Rick Rubin.
O primeiro single do disco 13 foi "God Is Dead?", lançado em 19 de abril de 2013. Em junho de 2013, 13 estreou no topo das paradas UK Albums Chart e Billboard 200. "God Is Dead?" rendeu ao Black Sabbath seu primeiro prêmio no Grammy Award em 14 anos na categoria "Best Metal Performance", em 2014.
Em 24 de setembro de 2014, o vocalista Ozzy Osbourne havia contado ao Metal Hammer que o Black Sabbath começaria a trabalhar em um novo álbum de estúdio no início de 2015 com o produtor Rick Rubin, e que iriam promovê-lo com uma turnê final. Contudo, um ano depois, o mesmo veio a confirmar que não gravariam outro álbum.
Em setembro de 2015, o Black Sabbath anunciou que faria sua turnê de despedida em 2016, batizada como "The End Tour". A turnê foi iniciada em janeiro de 2016 nos Estados Unidos e passou também pelo Canadá, Europa, Nova Zelândia, Austrália e América Latina, incluindo o Brasil, onde a banda se apresentou em 4 concertos (em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro), e nós felizmente estávamos presentes.
Em janeiro de 2016, foi anunciado que o último disco do Black Sabbath, chamado "The End", seria vendido em edição limitada nos shows da última tour da banda.
No dia 4 de fevereiro de 2017, a banda encerrou as atividades na cidade onde tudo começou, Birmingham.
Enfim, o Black Sabbath teve uma importância sem precedentes para o Heavy Metal, que naquele tempo até existia, mas não era ligado a um gênero musical. Sem o Black Sabbath, a expressão "Heavy Metal", seria apenas um acidente poético, a profecia vazia contida no texto escrito por milhares de macacos brincando de máquinas de escrever, tentando escrever a Bíblia.
O Paranoid (1970) foi uma espécie de âncora para o Heavy Metal. Se antes a banda tinha uma proposta aterrorizadora em suas letras, nesse álbum isso não aconteceu com tanta ênfase, fato é que a banda buscou uma variedade, abordando temas bélico-politicas e de ficção cientifica, tudo girando em torno de uma critica severa.
Integrantes
(2011-2012)
Ozzy Osbourne - vocal
Tony Iommi - guitarra
Geezer Butler - baixo
Ex-integrantes
Ronnie James Dio - vocal
Glenn Hughes - vocal
David Donato - vocal
Ian Gillan - vocal
Tony Martin - vocal
Ray Gillen - vocal
Laurence Cottle - baixo
Neil Murray - baixo
Geezer Butler - baixo
Bob Daisley - baixo
Dave Spitz - baixo
Bill Ward - bateria
Vinny Appice - bateria
Mike Bordin - bateria
Bobby Rondinelli - bateria
Cozy Powell - bateria
Jo Burt - baixo
Terry Chimes - bateria
Bev Bevan - bateria
Eric Singer - bateria
Geoff Nicholls - teclados
Músicas
Lado A
1. "War Pigs"
2. "Paranoid"
3. "Planet Caravan"
4. "Iron Man"
Lado B
5. "Electric Funeral"
6. "Hand of Doom"
7. "Rat Salad"
8. "Fairies Wear Boots"
Fotos do Vinil
O Paranoid (1970) foi uma espécie de âncora para o Heavy Metal. Se antes a banda tinha uma proposta aterrorizadora em suas letras, nesse álbum isso não aconteceu com tanta ênfase, fato é que a banda buscou uma variedade, abordando temas bélico-politicas e de ficção cientifica, tudo girando em torno de uma critica severa.
Integrantes
(2011-2012)
Ozzy Osbourne - vocal
Tony Iommi - guitarra
Geezer Butler - baixo
Ex-integrantes
Ronnie James Dio - vocal
Glenn Hughes - vocal
David Donato - vocal
Ian Gillan - vocal
Tony Martin - vocal
Ray Gillen - vocal
Laurence Cottle - baixo
Neil Murray - baixo
Geezer Butler - baixo
Bob Daisley - baixo
Dave Spitz - baixo
Bill Ward - bateria
Vinny Appice - bateria
Mike Bordin - bateria
Bobby Rondinelli - bateria
Cozy Powell - bateria
Jo Burt - baixo
Terry Chimes - bateria
Bev Bevan - bateria
Eric Singer - bateria
Geoff Nicholls - teclados
Músicas
Lado A
1. "War Pigs"
2. "Paranoid"
3. "Planet Caravan"
4. "Iron Man"
Lado B
5. "Electric Funeral"
6. "Hand of Doom"
7. "Rat Salad"
8. "Fairies Wear Boots"
Fotos do Vinil
Capa (frente) e vinil 120gram (Lado A) - Foto: Diego Kloss |
Capa (verso) e vinil 120gram (Lado B) - Foto: Diego Kloss |